Os maquinistas, Francisco e Prof. Silvino puxam o trem, já no palco, fazendo a manobra. Ao fundo à esquerda, a estudante Antonia marca o ritmoMuita da mais recente literatura filosófica sobre música tem a ver com SER / EXISITIR através da música, e pode facilmente ser encontrada. Tal literatura lembra-nos que uma vida simples que pretenda ser mais intensamente humana inclui necessariamente música.
Amadurecer, ser completo, sentir-se realizado, estar “desperto“ ou plenamente em contacto com o nosso ambiente, expandindo as nossas capacidades cognitivas e físicas, tornar-se mais eficaz e confiante, exprimir as nossas percepções ou estados afetivos através da música – tudo isto e muito mais confia na música e noutros recursos para contribuir para um sentido individual de SER / EXISTIR. Se estivéssemos sozinhos, a fazer música numa ilha, ainda assim a música iria possibilitar-nos todos estes benefícios.
Ser plenamente humano, contudo, é, por inerência, social – geneticamente somos animais sociais. Como indivíduos agimos na nossa socialidade de diferentes formas, incluindo as musicais. “Comparamos notas “musicalmente, revelando as nossas percepções musicais, e partilhando e recebendo recursos e benefícios musicais, integramos as nossas vidas com as de outros indivíduos. Com isto crescemos, não só como indivíduos, mas como parte de um coletivo através do qual os nossos poderes individuais se intensificam. Precisamos de outras pessoas e ser humano é, definitivamente, também uma questão de pertença. Ser e pertencer são estados recíprocos, inseparáveis; são o yin e o yang da vida humana.


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