domingo, 5 de agosto de 2007

Democracia é saber e gostar do que é bom.


Num momento em que se luta para que diferentes parcelas da população tenham acesso à universidade, em que as pessoas estão empenhadas em fazer pós-graduação, mestrado, cursos livres de cultura geral, em que todos reivindicam o direito de conhecer parcelas importantes do patrimônio cultural da humanidade, fazer o elogio da ignorância é um contra-senso. Contra-senso, por sinal, que só pode partir de dois tipos de pessoas: ou alguém da elite, que, por medo de concorrência, não quer que o contingente de pessoas cultas no país aumente; ou alguém que teve a possibilidade de adquirir um bom cabedal de cultura, mas, por preguiça ou desleixo, não o fez.
Nenhum deles é bom conselheiro: não se pede para o rato opinar sobre as qualidades da ratoeira.
Respeitar o saber do povo significa dar oportunidade para que ele tenha acesso ao patrimônio cultural já estabelecido. Respeitar o povo é permitir que ele conheça Machado de Assis e Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque e Florestan Fernandes, Glauber Rocha, Portinari, Carlos Gomes entre outros.

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