quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Organizações Globo, império em decomposição.


A Globo anda precisando de muito dinheiro, em quantias que se avultam e encurtam calendários. O grupo enfrenta um quadro evidente de insolvência econômico-financeira, desenhado pelos próprios balanços publicados periodicamente.
Um pedido de falência contra a empresa tramita na Corte de Nova York. Os credores estão perdendo a paciência. Quem apostou no sucesso genético começa a sentir muito medo. A trajetória das ações da Globopar configura um caso de naufrágio só comparável à aventura da TeleMontecarlo, o braço italiano da rede, amputado quando a gangrena ia longe. A Editora Globo é árvore que não dá frutos. Embora recorrendo à prática do dumping e a pressões quase criminosas contra os anunciantes, os jornais da Globo claudicam. O gigante envelhecido se apóia numa perna só: a TV Globo, ainda lucrativa, graças às novelas. Essa fonte dá sinais de esgotamento, e diminui a cada ano a chuva de verbas nas cabeceiras. Se tal rio secar, o império caminhará para o fim.
Distantes da simpatia dos brasileiros, afundados em dívidas, enredados na teia de incompetências que eles próprios forjaram, os diretores da Globo têm sucumbido, com freqüência, à tentação dos disparos insensatos. Isso talvez explique a insistência na publicação de "notícias" e "reportagens" supostamente prejudiciais ao Jornal do Brasil. Os textos são invariavelmente manchados pela falsidade e sublinhados pela mesquinhez. A melhor resposta está no comportamento do público e dos anunciantes. Enquanto os veículos da Editora JB ganham musculatura, as ramificações da Globo seguem definhando.
Desde que o mundo existe, em todos os setores da atividade humana, impérios nascem e morrem. Mas só os derradeiros ocupantes do trono, com o drama já em seu epílogo, percebem que governavam, havia tempos, um universo em estado de decomposição. Sobram sinais de que a Globo percorre esse roteiro tristonho.
A frase cunhada nos anos 80 por multidões de democratas brasileiros que se manifestavam nas ruas parecia apenas um grito de indignação contra a arrogância e a mentira. Era muito mais que isso. Era uma profecia.

Nenhum comentário: