quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Orientações curriculares de Arte - SME/SP


SOLICITO INCLUSÃO DE DANÇA COMO LINGUAGEM ARTÍSTICA. (pág 48 do documento)

Em primeira consideração, há um equivoco histórico na pseudo-explicação da exclusão de Dança no ensino de Arte, colocando no rodapé da página 48 “ A linguagem da dança, devido o seu caráter de manifestação corporal, faz parte do documento de Educação Física”. Com algum respeito aos integrantes do grupo de referência, sua qualificação e formação, etc. tenho fortes razões para desconfiar que não estão no mesmo nível de entendimento de Rosa Iavelberg, Mirian Celeste Martins, Ana Mãe Barbosa, Isabel Marques, César Coll, entre outros que consideram a Dança como linguagem artística. Não valido o grupo que, respeito, mas não tem a competência para sequer argumentar os motivos da exclusão. Sem ofensa, encontro apenas a desqualificação didática como motivo para tal entendimento de que Dança não seja considerada Linguagem de Arte na perspectiva de expressão artística. Não pretendo excluir a Dança como manifestação corporal que, como tal, seja conteúdo de Educação Física.
Em segunda consideração, toda a fundamentação teórica que o grupo se deu como copista, transcreveu de forma grosseira, pois contradiz ao pensamento excludente da Dança como expressão artística. Em momento algum há consistência quando o grupo arrisca fazer inserções próprias.
Cito com expressividade a página 26 quando o domínio do grupo é parco no campo educacional.
Ao pretender se referir às formas de organização dos conteúdos e suas relações disciplinares ( Multidisciplinaridade, Pluridisciplinaridade, Interdisciplinaridade, Transdisciplinaridade, Transversalidade) confunde com métodos de organização dos conteúdos onde se situam os projetos e as seqüências didáticas. Como pode, é quem sabe pouco querendo orientar quem pouco quer saber? Vamos elevar mais um pouco, nivelar por cima? Solicito corrigir as confusões dos dois primeiros parágrafos da citada página e, caso queiram informar-se melhor, leiam Antoni Zabala em “Enfoque Globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar” e em “O construtivismo na sala de aula”, ambos indicados na bibliografia do último concurso da SME.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito oportuna sua argumentação. Quero colaborar com uma dicotomia no ensino da Arte: preparar futuros artistas ou "poetizar, fruir e conhecer" Arte? São as linguagens da Arte que nos permitem vivenciar na escola a emoção, a sensibilidade, o pensamento, a criação, seja da nossa própria produção, seja através das obras dos mais diversos autores e artistas.
Nessa perspectiva, a Dança é uma linguagem Artística e deve constar, sim, nos conteúdos de Arte.