Através da imagem, temos a chance do re-conhecimento do espaço e do auto- conhecimento, já que o registro fotográfico nos oferece um tempo indefinido para nos demorarmos sobre seu espaço recortado e seu instante congelado. Para os participantes, a fotografia se transforma em uma técnica para construção de olhares sobre a realidade do cotidiano.
Registrar os espaços visualmente sujos, refletir sobre e estudar interferência através de desenhos. Essa é a intenção do Projeto EDUCAR O OLHAR.
Pensando em apresentar uma concepção diferenciada à população de imagens da sua própria cidade, o projeto Educar o Olhar propõe ao público que se pense como um consumidor de imagens “não-convencionais”, inclusive na ideologia que carregam referindo-se a um contexto específico de concepção e produção.
Assim, pode-se pensar em um tipo de projeto que encontraria um aspecto positivo ao seu favor que é a preocupação em vincular um projeto artístico à cidade. Uma proposta de inclusão da população no fazer artístico e de descentralização dos eventos culturais, pretende lançar um novo olhar sobre a região Brasilândia, mostrar ângulos desconhecidos e novos lugares a serem explorados. Pois, a fotografia possui a capacidade de re-significar o ambiente. Ao recriar um cenário, transpondo-o para as duas dimensões do registro fotográfico, apresenta ao observador uma nova visão sobre um espaço já conhecido. Na verdade, o projeto prevê a discussão sobre os espaços públicos fotografados e possibilidades de intervenção. Mudando o visual desses espaços e criando um sentimento e uma consciência de “pertencimento” da população resultante das discussões sobre a cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário