sábado, 31 de julho de 2010

OBSERVANDO A NATUREZA DA VIDA



A Natureza sempre ensinou os homens que a observaram e os inspiraram em suas descobertas. Podemos facilmente concluir que todas as grandes invenções, foram fruto da curiosidade e da mente inventiva de alguns iluminados que, observando a
natureza com a curiosidade de uma criança, conseguiram descobrir os meios
para desenvolver seus inventos.
Alguém há de duvidar que foi observando os pássaros em suas evoluções que surgiu a idéia de que poderíamos também voar? E Ícaro foi o precursor dos jat
os de hoje. Da Vinci fazia muito isso. DA VINCI adorava passarinhos e os comprava na gaiola só para poder soltá-los e analisar o seu vôo. Aí fabricava umas asas mecânicas e ficava tentando voar. Leonardo observava o mundo não só com curiosidade, mas de forma analítica; depois, o reconstruía em desenhos e escritos, com impressões e conclusões que assombram todos os estudiosos de sua obra. Sua mente delimitava um campo de estudo e dele extraía todos os movimentos e dinâmicas possíveis, explorando suas conseqüências e, a partir delas, criando respostas para questões do dia-a-dia. Alguns biógrafos alegam que ele poderia ter uma habilidade visual superior. Em seus estudos sobre o vôo dos pássaros, o detalhismo do movimento das asas parece ter sido captado por uma câmera fotográfica de alta velocidade, pois cada ação é desenhada passo a passo. Partindo desse estudo, Da Vinci criou uma de suas máquinas mais fascinantes – que seria reconstruída e voaria séculos depois, demonstrando a contemporaneidade de suas invenções.Foi observando o castor a represar a água, que o homem descobriu que poderia usar a força da água em seu benefício.
A calma da tartaruga nos ensina o segredo de uma longa vida, e que o espírito de organização das formigas ensina como viver em mundo global, com cada qual cuidando de sua parte. Nem tudo é bem entendido, pois a história do galo mandar no galinheiro foi mal assimilada pelos homens, provando que nem tudo é perfeito.
É importante sabermos nos harmonizar com os elementos da natureza, com a terra, o fogo, a água e o ar, pois sabemos que o desequilíbrio de um deles pode destruir todo o sistema. A Natureza tem seus meios de controle, e se o homem não souber usá-los pode por tudo a perder.
Na Natureza há muitos fenômenos potencialmente fortes mas o maior de todos, é a água, e é justamente ela que nos dá as maiores lições de vida, e que deveríamos muito bem assimilar.
Vejam como a água enfrenta os obstáculos que encontra em seu caminho, analisando o percurso de um rio. Em sua nascente, um fiozinho de água, correndo placidamente, saltando sobre pedras, pulando obstáculos, e não tem medo de dar grandes saltos para prosseguir em sua caminhada. Sabe aliar-se a outros que vão surgindo. Não se preocupa em saber quem é o mais forte, pois sabe que é a união que faz a força, e aproveita bem todo o seu poder, e se unifica ao encontrar qualquer porção semelhante.
Sabe receber mais água, seja vinda do céu ou das terras distantes. Não tem preconceito com este ou aquele tipo de água. Seja da chuva, seja de rios barrentos, seja de rios poluídos, as águas se encontram e se diluem, movimentando-se pela terra em perfeita harmonia. É capaz de se amoldar a qualquer ambiente, congelando-se para suportar o frio, ou gaseificando-se quando o calor for muito forte. É capaz de enfrentar e dominar o fogo. E finalmente quando chega até o mar, não cria barreiras pela diferença “racial” existente. Apenas une-se ao mar, formando a grande massa líquida que domina o mundo.
Já está mais que na hora de sermos como a água, aprendendo a grande lição que ela nos oferece, esquecendo preconceitos e diferenças raciais, sociais ou sejam quais forem, pois somente com uma boa e sólida união poderemos realmente descobrir como bem viver, e sobreviver.
Precisamos aprender a deixar passar certas coisas, ao invés de sempre querer provar que somos os melhores em alguma coisa, precisamos aprender a mudar de rumo e contornar obstáculos, sem permitir que o desespero e o desalento nos dominem. Quando preciso for, adquirir a dureza de um iceberg, ou então saber subir ao céu para uma eventual purificação, e voltar como uma chuva benfazeja.
O importante é aprender a grande lição, seguir em frente, até chegar ao grande objetivo da vida, até o nosso “mar particular”.
Obstáculos existem para serem transpostos. Tristezas que nos congelem a alma, poderão ser vencidas quando de novo o sol raiar, provocando seu degelo. Raiva que nos faça ferver acaba se evaporando, e poderá voltar ao caminho antes trilhado.

Nenhum comentário: