quinta-feira, 29 de julho de 2010

DEIXA OS MEUS OLHOS CONTEMPLAREM


Oh! Grande Espírito, cuja voz faço distinguir nos ventos
E cujo sopro dá vida ao mundo inteiro,
Ouve-me.
Ponha-me na tua frente como um de teus inúmeros filhos.
Vê, sou pequeno, sou fraco, preciso de tua força,
Preciso do teu saber.
Deixa-me perambular na beleza
E deixa meus olhos contemplarem sempre o purpúreo pôr-do-sol,
Zelem as minhas mãos pelas coisas que criaste
E ouçam os meus ouvidos a tua voz.
Faz-me sábio para entender as coisas que ensinaste ao teu povo,
E que ocultaste em cada folha, em cada pedra.
Não desejo a força para me impor aos meus irmãos,
Desejo-a para lutar contra o meu maior inimigo, EU PRÓPRIO.
Faz com que eu esteja sempre pronto, para, de mãos limpas e olhos leais,
Ir ao teu encontro a fim de que meu espírito,
Quando a vida sumir, como some o sol ao fim do dia,
Possa chegar a ti sem precisar envergonhar-se.

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