Aprendendo a deixar a Alma levíssima
Mesmo quando entendemos que temos razão.
Mesmo que as nossas palavras e ações tenham fundamento lógico.
É o nosso fundamento, não é o dos outros.
Há sempre dois lados qualquer que seja
Há sempre dois lados qualquer que seja
a questão e aquilo que para uns é óbvio,
é claro, é justificável, para outros é injusto e pode causar mágoa.
Quando as pessoas se chateiam é muito fácil perder a noção
Quando as pessoas se chateiam é muito fácil perder a noção
de que o que se diz fica escrito na memória.
E a memória é uma coisa muito perigosa.
É seletiva e funciona mal.
Em vez de apanhar um todo,
calcular uma média e com isso fazer o balanço da vida,
descontextualiza e constrói planos diferentes da realidade.
E o que fica dos outros,
é aquele olhar em particular
e aquelas palavras murmuradas no calor da discussão.
Todo o resto bom que aconteceu é ignorado... desaparece.
Será que queremos ser recordados assim?
Não, não queremos.
Por isso devemos sempre pedir desculpas,
Por isso devemos sempre pedir desculpas,
por mais que nos tenham também magoado
e não o reconheçam.
Por mais que as nossas atitudes
sejam um reflexo da maneira como somos tratados,
do coração que se partiu para fora do barco
sem saber nadar,
sem que ninguém o socorresse.
A outra parte terá a justificação dela,
os seus argumentos,
um lado que não é o nosso,
mas que não deixa de ser válido à luz de outros padrões,
de outros ideais,
de outras vivências...
São outros paradigmas.
Se, pedirás ou não desculpas,
Se, pedirás ou não desculpas,
não penso nisso.
Talvez ache você que não é preciso.
Talvez ache você que agiu sempre bem.
Cada um que lide com o juiz da sua própria consciência.
Cada um que lide com o juiz da sua própria consciência.
Eu pessoalmente peço.
O meu coração pesa, porque custa tocar nas feridas
O meu coração pesa, porque custa tocar nas feridas
e saber que ainda elas existem.
Mas a minha alma ficou leve.
E, no fim de contas, não é isso que importa?
...ALMA LEVÍSSIMA...
...ALMA LEVÍSSIMA...
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