quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PARA QUEM TEM A ALMA LEVE!


Aprendendo a deixar a Alma levíssima

Acho mesmo que devemos sempre pedir desculpas.
Mesmo quando entendemos que temos razão.
Mesmo que as nossas palavras e ações tenham fundamento lógico.
É o nosso fundamento, não é o dos outros.
Há sempre dois lados qualquer que seja
a questão e aquilo que para uns é óbvio,
é claro, é justificável, para outros é injusto e pode causar mágoa.
Quando as pessoas se chateiam é muito fácil perder a noção
de que o que se diz fica escrito na memória.
E a memória é uma coisa muito perigosa.
É seletiva e funciona mal.
Em vez de apanhar um todo,
calcular uma média e com isso fazer o balanço da vida,
descontextualiza e constrói planos diferentes da realidade.
E o que fica dos outros,
é aquele olhar em particular
e aquelas palavras murmuradas no calor da discussão.
Todo o resto bom que aconteceu é ignorado... desaparece.
Será que queremos ser recordados assim?
Não, não queremos.
Por isso devemos sempre pedir desculpas,
por mais que nos tenham também magoado
e não o reconheçam.
Por mais que as nossas atitudes
sejam um reflexo da maneira como somos tratados,
do coração que se partiu para fora do barco
sem saber nadar,
sem que ninguém o socorresse.
A outra parte terá a justificação dela,
os seus argumentos,
um lado que não é o nosso,
mas que não deixa de ser válido à luz de outros padrões,
de outros ideais,
de outras vivências...
São outros paradigmas.
Se, pedirás ou não desculpas,
não penso nisso.
Talvez ache você que não é preciso.
Talvez ache você que agiu sempre bem.
Cada um que lide com o juiz da sua própria consciência.
Eu pessoalmente peço.
O meu coração pesa, porque custa tocar nas feridas
e saber que ainda elas existem.
Mas a minha alma ficou leve.
E, no fim de contas, não é isso que importa?
...ALMA LEVÍSSIMA...

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